ABUSO INFANTIL: PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES OROFACIAIS E COMO INTERVIR – REVISÃO DA LITERATURA

Alessandra Guimarães Lira; Ilana Pinheiro Sousa; Roberta de Barros Antunes

Alessandra Guimarães Lira Faculdade Cathedral de Ensino Superior
Ilana Pinheiro Sousa
Roberta de Barros Antunes

Palavras-chave: Abuso infantil. Cirurgião-Dentista. Diagnóstico. Patologia oral.

Resumo

O abuso infantil é uma das mazelas sociais de maior recorrência no Brasil, só no ano de 2020 houve mais de noventa e cinco mil denúncias de casos no Disque 100. As evidências dos abusos físicos e sexuais podem estar presentes nos lábios, boca, dentes, maxila ou mandíbula e o Cirurgião-Dentista geralmente é o primeiro profissional da área da saúde a se deparar com os sinais decorrentes de abuso infantil em região orofacial. O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura sobre as principais manifestações orofaciais do abuso infantil e como o Cirurgião-Dentista pode intervir. Foi realizada uma revisão sistemática de trabalhos qualificados publicados na área de patologia oral, odontopediatria e odontologia legal, voltados para as principais manifestações orofaciais do abuso infantil e suas descrições anatômicas. Os tipos de abuso que mais facilmente podem ser observados em clínica são os abusos físico e sexual devido suas manifestações características em região orofacial. As lesões mais recorrentes no abuso físico são laceração de tecidos moles, avulsão de elementos dentários, equimoses, hematomas por estrangulamento e queimaduras por cigarro, já as manifestações orais do abuso sexual são gonorreia, sífilis, condiloma acuminado, herpes tipo I e II e lesões de hemorragia secundária à felação. É possível concluir que os abusos físico e sexual são facilmente diagnosticados quando manifestados em região orofacial e que o Cirurgião-Dentista é o profissional da saúde qualificado para reconhecer e tratar essas lesões.

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